quarta-feira, 29 de junho de 2011

P. Sherman, 2606, Wallaby Way

     Acordei às 5h, peguei todas as minhas tranqueiras e tirei do quarto (quase esqueci minha chave trancada lá dentro – o que teria complicado bastante o processo de checkout – mas vivendo sozinha eu aprendi a sempre checar se estou levando tudo, antes de sair de casa), me arrumei no banheiro e fui para a estação de trem (que dessa vez era mesmo aonde eu devia ir) para pegar o ônibus pro aeroporto. Atrasei 10 minutos, mas não teve problema nenhum porque o vôo atrasou 85.
     Já tinha feito o checkin pela internet então só tive que passar as malas pelo raio-x e tomar chá de cadeira no portão de embarque. Quando eu falei pras pessoas que ia com a Tiger Airlines, todo mundo falou “Se fudeu” porque diz que eles vivem cancelando vôo. E quando eu cheguei no gate – que era mó esquisito e desorganizado – e vi na televisãozinha 5 vôos cancelados, eu tremi na base. Mas FORTUNATELY, meu vôo só atrasou :D
     Tinha um grupo de adolescentes histéricos numa excursão de escola no mesmo avião que eu. Um dia, eu fui parte desse grupo. AHHHHH PORTO SEGUUUROOO *___* Cheguei em Alice Springs e procurei o estande do Toddy's Packpackers. Tinha um cara desses simpáticos que fazem piadinhas o tempo todo num estilo monitor de acampamento que perguntou “Are you american or canadian?” TO FICANDO MAL ACOSTUMADA.
     Entrei no ônibus que levava a gente pro backpackers, paramos na placa WELCOME TO ALICE SPRINGS para tirar fotos bobas de turistas do jeito que a gente quisesse porque essa é uma das únicas coisas aqui que não é sagrada para os aborígenes, fizemos um mini-tour pela cidade (de 2m de diâmetro) e para cá eu vim. Me juntei no grupinho de umas meninas (uma malasiana, uma chinesa e uma de Cingapura – não sei qual é o adjetivo para quem vem de Cingapura oO), cujos nomes eu não lembro porque eram todos complicados demais, e nós fomos para a cidade onde estava tendo uma feira de coisas de aborígenes. Queria comprar alguma souvenir, mas era tudo extremamente caro e não achei nada que me apetecesse.
     Depois do market, a gente almoçou (comi carne de canguru! :D) e voltou para o hotel. Elas estavam em outra quarto, nada a ver com o meu. Mas tudo bem, porque logo a minha roomate chegou e ela é uma FOFA. O nome dela é Sasha e ela é australiana, de Gold Coast. Ela é super simpática e divertida! A gente ficou rindo pra caramba enquanto eu enfrentava o dilema de montar uma mini-mala (de dentro da minha mala pra viajar essas 2 semenas, de dentro da minha mala pra Austrália, de dentro da minha verdadeira quantidade de coisas – DO QUE MAIS EU POSSO ME LIVRAR, MEU DEUS??!!) para o tour do deserto que eu vou fazer amanhã às 5h45!
     Um tempinho depois, chegou uma outra menina que não era tão simpática assim mas era ok. Logo ela saiu para ir jantar e chegou uma quarta: uma chinesa bem legalzinha também, cujo nome era Sha (Sasha e Sha – HOW WEIRD IS THAT?). Ver ela e a Sasha falando japonês foi surreal! Achava que nenhum não-japonês falava japonês no mundo, mas apparently they do. A Sasha morou 5 anos no Japão e a Sha aprendeu por conta própria (tá aí algo que eu invejo. Gente que aprende coisas sozinha) Eu e a chinesa jantamos no restaurantezinho do hotel e agora eu estou indo dormir. Tentei usar a internet, mas é AU$1,00 a cada 15 minutos!! E, de qualquer jeito, a mulherzinha que vende os créditos já foi embora ¬¬ Ou seja: estou isolada do mundo virtual no mínimo até quinta, porque eu tenho certeza que não tem wi-fi no Uluru :P
     Beijos de uma menina que vai visitar uma pedra vermelha no meio do nada :D

Um comentário:

  1. Ah, me parece que o chinês e o japonês têm uma origem comum. Acho que isso facilitou pra chinesa aprender. :P

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