quarta-feira, 29 de junho de 2011

P. Sherman, 2206, Wallaby Way

     Acordei às 9h, inventei de fazer um café da manhã aussie e acabei comendo omelete queimado e peguei o ônibus pra city com a Sarina. Chegamos no Circular Quay e ACREDITEM OU NÃO, atravessamos a Harbour Bridge e fomos no Luna Park! *___* O dia estava lindo e nós tiramos várias fotos legais! Na verdade, o parque estava fechado (vai ver o cara que eu ia fazer morrer atropelado trabalha lá, por isso eu só consegui ir no dia que o parque estava fechado) mas eu nem liguei porque não queria entrar em nenhum brinquedo mesmo! Só queria ficar por ali, porque aquele lugar é muito bonito...
     Depois daquela sessão básica de fotos pulando e fotos OI-FINGE-QUE-EU-SOU-FOTÓGRAFA, a gente pegou o trem e cruzou a ponte de volta. Andamos para Darling Harbour, onde tinha um jardim chinês mó legal :) Com pagodes (pagode não é só “Deu pra mim, não dá mais“, também é o nome daquelas casinhas vermelhas e verdes, com um telhado legal) e lagos e peixes e árvores que teriam flores se não estivéssemos no outono e lugares que mereciam fotos e lugares que não mereciam fotos mas a Marina fotografou do mesmo jeito porque ela gosta de fotos.
Saindo de lá, nós fomos para Bondi Junction, onde eu imprimi o meu cartão de embarque de Melbourne para Alice Springs (vôo cujo check-in foi feito pela internet porque o check-in no aeroporto é pago – OI, CAPITALISMO E EXPLORAÇÃO), me despedi da Sarina e fui no banco depositar na minha conta todo o dinheiro que estava guardadinho no envelope dentro do Crônicas de Nárnia para ser gasto na viagem.
     Fui para casa, comi omelete queimado mais uma vez (mas dessa vez tinha arroz para acompanhar! UHU!) e terminei de enfiar tudo na mala. As malas que vão pro Brasil até que fecharam fácil, mas as da viagem da Austrália estão explodindo (e ainda tenho que por o pijama dessa noite lá dentro de algum jeito)! Quem mandou escolher a opção APENAS MALAS DE MÃO? Agora eu só tenho uma mochila e uma malinha de rodinha (que juntas só podem ter 10kg) para colocar tudo! Mas, quer saber? Eu não me arrependo. Já imaginou ficar pegando um avião a cada 4 dias, sozinha, carregando não sei quantas malas mega pesadas. Assim facilita as coisas. O esquema é ser prática, pegar só o que é realmente ESSENCIAL: 2 calças, 2 shorts, 5 blusas de manga comprida, 5 blusas de manga curta, 2 casacos, escova de dente e chapinha.
     De malas quase prontas, fui para a aula de teatro, que hoje foi bem interessante. Falamos sobre comédia e o professor fez umas análises legais. Tipo, por que a gente ri? O que é que nos faz dar risada? Eu não saberia responder. No máximo, daria exemplos de coisas que me fazem rir, mas tipo O QUE FAZ O NOSSO CORPO RIR? Ele falou uma coisa que é muito verdade: a gente ri do que é inesperado e fora do nosso padrão de normalidade e a gente ri de tragédias, desde que não sejam com a gente (vulgo: rir da desgraça alheia). E por isso, a grande dica para ser engraçado é não tentar ser engraçado. Já dizia Liliana Junqueira, para o clown, tentar entender um papelzinho que tem VIRE escrito dos dois lados é a coisa mais séria do mundo.
     Fizemos uma retomada de tudo que aprendemos nas últimas seis semanas e, na real, eu aprendi bastante. O resumo da ópera é que, se eu tiver um objetivo na cabeça, intenções claras e ações bem definidas em relação ao que eu quero da outra pessoa, está feito. Posso confiar no meu corpo, não preciso ficar pensando no que fazer com ele, vai acontecer naturalmente.
     No final da aula, tiramos uma foto de último dia – que não foi com a minha máquina, então só Deus sabe quando eu terei acesso a ela – e peguei o bus para Bondi Junction. O Paulão passou lá para me pegar – FOFO! - e viemos para cá para ele pegar as malas. Fiquei um tempão olhando para elas e repensando o que tinha que estar em qual mala, morrendo de medo de estar esquecendo alguma coisa. Enfim, colocamos as malas do Brasil no carro e ele levou para deixar lá na casa dele enquanto eu viajo. FOFO! E ainda ofereceu para me buscar no aeroporto quando eu voltar! FOFOOO!
Jantei ovo mexido – para evitar queimas (queima? Que palavra é essa, Marina?) - escrevi um bilhetinho de tchau para o Luke, que não está em casa, e estou indo dormir porque, né? Daqui 3h30 tenho que acordar.
     Beijos de uma menina que está empolgada e apavorada com a viagem que está por vir.

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