P. Sherman, 2006, Wallaby Way

     Acordei às 9h da matina pra fazer as coisinhas da minha lista de coisas para fazer, tipo descobrir se tem ônibus pro aeroporto, avisar a Rie que eu estou indo pra Melbourne, ver quanto custa o tour no backstage do Opera House (AU$150,00. Beijos)... Depois eu fui encontrar a Sarina e a gente foi no fishmarket. Bom, lá tem... peixe. Fim. Não é nada demais, só um bom lugar para comprar peixe se você for cozinhar. Como nenhuma de nós tem tanta habilidade culinária, a gente almoçou lá mesmo. Eu comi fish and chips e tomei SUCO DE LARANJA NATURAL. Nem acreditei!! *__*

     Saindo de lá, a gente foi para aquele lugar gramado com a vista bonita no caminho para a minha ex-homestay, onde eu e o Michel assinamos no banco (vandalismo esse que está lá até hoje). A Sarina nunca tinha ido lá e com o dia lindo como estava hoje, deu para tirar várias fotos lindas (dessas de oi-quero-bancar-A-fotógrafa, que são as MAIS LEGAIS de tirar :D)

     Depois de lá, a gente foi para Watsons Bay, que são as prainhas perto da homestay. Andamos pelas pedras que tem lá, passamos por um caminho no meio do mato onde eu nunca tinha ido, andamos pelo parque e todas as prainhas que tem lá... Foi legal rever tudo. E, quando eu cronometrei 2min30 da praia até a casa onde eu morava, eu cheguei à conclusão de que took the beach for granted. Eu devia ter ido infinitas vezes mais pra praia. Vou sentir muita falta quando voltar pra São Paulo, cuja praia mais próxima é o Tietê.

     Saindo de lá, nós passamos em Bondi Beach e eu comprei a cerveja da mulher pelada pra levar pro Marcelo. Depois, a Sarina foi pra casa dela e eu estava andando para a minha quando fui atingida pelo pensamento ESSA FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ VIU BONDI BEACH e resolvi voltar. Além disso, queria ver o moonrise, que a Lê tinha dito que era lindo. Fiquei lá um tempo pensando na vida e esperando a Lua aparecer no horizonte. Cara, eu desenvolvi um carinho tão grande pela Austrália... Quando eu penso que estou quase indo embora, eu sinto vontade de abraçá-la, de pegar ela no colo, de colocar ela toda dentro da minha mala e levar pro Brasil!
     Como isso ainda não é possível (mas DEIXA ESTAR. O próximo Einstein está entre nós com uma solução incrível em algum lugar na mente dele), eu me contentei em ir para casa tentar completar a tabela insana de PLANO DE VIAGEM DA MARINA que meu pai fez para mim (incluindo detalhes tipo “deslocamento do megulho para o hotel – preço/horário/transporte). Não completei nem 1/10.

Tentando agendar um ônibus fretado para me levar pro aeroporto, eu tive a seguinte conversa com um cara que, pelo sotaque, CERTEZA QUE É INDIANO: “Hi, can I book a bus to pick me up at home and take me to the airport?” “UEN?” “On Thursday” “CÓL MI TUMOROU” “Why can't I book it now?” “DON MEIC QUESTION. CÓL MI TUMOROU”. Continuei procurando outras empresas e liguei para – o que eu achei que fosse – mais uma: “Hi, can I book a bus to pick me up at home and take me to the airport?” “UEN?” (Marina desligou o telefone).

     ANYWAY, jantei e logo depois a Sarina chegou para a gente comer pipoca e assistir filme :) Primeiro, vimos Black Swan e eu gostei bastante! Já tinha ouvido falar bem, mas não fazia ideia do que se tratava. A tensão que o filme cria é muito boa! E você fica confuso tentando entender o que está acontecendo! E, no final das contas, não dá pra saber direito. Mas dá para viajar nas interpretações, o que me deu saudade do Nemis. Depois, a gente assistiu Cidade de Deus (ela tinha em português no computador dela). Eu nunca tinha assistido, dá pra acreditar que fui assistir aqui na Austrália??!! Gostei, mas é punk né? Confesso que não foi o que pode se chamar de estímulo para eu voltar pro Brasil.

     O filme acabou agora e a Sarina capotou aqui do meu lado. Vou dormir também que amanhã tem mais passeios de despedida por Sydney!

     Beijos de uma menina QUE VAI ATRAVESSAR A HARBOUR BRIDGE E IR NO LUNA PARK AMANHÃ, CATZO!

     E