terça-feira, 12 de julho de 2011

P. Sherman, 0607, Wallaby Way

     AI. CREDO. Sonhei que estava sendo perseguida pelo Hitler! Eu e mais duas pessoas, cujos rostos agora se resumem a pontos de interrogação, entramos dentro de um no chão pra nos escondermos, mas um dos soldados dele achou a gente e... eu acordei. Sã e salva dentro do quarto do backpackers. Desci para tomar café da manhã (que aqui é de graça mas não é pobre que nem o de Alice) e achei engraçado o curso que levou a minha conversa com uma menina que estava sentada na minha frente: “Hum... that jam is delicious, isn't it?” “Yeah, it's really good. I'm Jane” “I'm Marina” Sei lá, não tenho o costume de me apresentar pra alguém que comenta sobre a geléia. Isso não acontece no Brasil. Achei legal :)
     Depois do café da manhã, passei na boca de fumo checar meu facebook e fui passear pela cidade. Entrei numas lojas de souvenirs peculiares, que vendiam baralhos com 52 figuras diferentes e capas de tábua de passar com a figura de um homem de toalha que vai ficando pelado conforme você passa roupas sobre ele. Fui numa banca e dei uma lida numa reportagem (fiquei lá lendo na cara de pau e no final não comprei a revista porque custava AU$9,00. Confesso que minha mente foi tomada pelo pensamento cleptomaníaco de “Seria tão fácil roubar isso!” mas não fiz nada, NÉ? )sobre o último Harry Potter e MORRI. Sabia que eles explodiram de verdade o cenário deles de Hogwarts?! Cara, não acredito que esse é o ÚLTIMO Harry Potter. AAAHHHHH EU NÃO QUERO QUE ACABEEEE!! (Olha eu tentando prender o passado de novo) Vou reler todos os livros quando eu voltar!
     Aqui em Airlie Beach tem uma praia artificial/piscina pública/lagoon também. Igual em Cairns. Mas a daqui é bem mais bonita. Fiquei lá um tempo fazendo nada e depois fui para o hotel dar checkout (e descobri que vou ter que pagar CINQUENTA DÓLERES para ir para o aeroporto no sábado!!) e almoçar. Prato do dia: macarrão sem molho. Sem sal. Sem azeite. Sem NADA. Macarrão com macarrão, porque era a única coisa que eu tinha para preparar. FAZ PARTE DA CONSTRUÇÃO DO CARÁTER.
     Depois da minha amável refeição, eu voltei para a lagoon e fiquei lá lendo Eat Pray Love – O CAPITULO 42 É SEN. SA. CI. O. NAL - até dar a hora de ir para a marina. Fiquei lá no deck, esperando o barco chegar e, ao ouvir um cara falando vividamente sobre como ele derrotou o Alakazan no Pokemon Stadium, não consegui segurar a risada. Uma das meninas que estava com ele falou “Are you really talking abour pokemon? Look, that girl is laughing at you” OPS. NÃO ERA PRA VOCÊ TER VISTO. Mas, no fim das contas, acabei fazendo amigos. Todos eles eram de família indiana mas moravam em Londres :)
     Às 14h o barco chegou. Uma vez embarcados, todos começaram a beber e a fumar e eu, mais uma vez, me senti desconfortável: ISSO NÃO É UM PASSEIO INOCENTE E FOFINHO DE BARCO PARA VER TARTARUGUINHAS E PEIXINHOS? Acabei me acostumando e consegui relaxar. Fiz amizade com um alemão, um búlgaro (que parece o marido da menina do Mamma Mia) que mora na Alemanha e um casal de ingleses. Fiquei presa no banheiro, mas quando comecei a chutar a porta para tentar abri-la, o guia (que OH. MY. GOD. Era muito gato e tinha a voz mais sexy do mundo) ouviu e foi ME RESGATAR, COM UM CAVALO BRANCO, EMPUNHANDO A ESPADA PARA MATAR O DRAGÃO E... abrir a porta pra mim.
     Chegamos na ilha (linda e paradisíaca) onde íamos passar a noite, umas 18h. Fiquei no quarto com o búlgaro, o alemão, o casal inglês e um sueco. Jantamos macarrão COM MOLHO e depois os guias organizaram uns “drinking games” que foram bem engraçados. Antes de tudo, todo mundo teve que cantar (talvez gritar seja um verbo mais apropriado) seu hino nacional ao mesmo tempo, depois fizemos um jogo em que um tinha que virar bebida na boca do outro, depois um que você tinha que beber o mais rápido possível e ficar jogando o copo para cima até ele cair em pé e, por fim, um que a gente tinha que passar um daqueles spaghettis de piscina pelo meio das pernas uns dos outros. Foi engraçado e tenho que admitir que cerveja não é tããããão ruim assim.
     Depois dos jogos, fiquei sentada conversando com o búlgaro e com o sueco... o búlgaro é bem gente boa, mas o sueco é... estranho. Ele parece o Leonardo DiCaprio, mas é meio freak. Fala mó rápido e enrolado e resolveu grudar em mim. Quando a gente veio pro quarto, ele perguntou se eu podia acordar ele amanhã de manhã. HÃÃÃ, NÃO. “Why, you don't have an alarm clock?” “Yes” “I think it's better if you set your own...”
     Beijos de uma menina que está com saudades de Sydney
     O

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